A princesa baixinha
A princesa baixinha foi à aldeia e todos faziam troça dela, porque ela era baixinha, falavam baixo, mas ela no seu cavalo ouvia tudo, mesmo o mais baixo possível. Então a Catarina (assim se chamava ela) foi ao castelo da avó que era muito boa para ela e sentou-se ao seu colo e disse:
- Porque é que eu sou baixinha? Não devia ser princesa, porque eu sou muito baixa.
-Isso não interessa, o teu avô também era baixo e fez grandes coisas, como ir para a guerra.
- Então vou ajudar quem precisa. Preparou um saco com um espelho e uma escova, porque uma princesa tem de andar sempre bonita, três caramelos para quando estiver triste, um arco e uma flecha para o caso de encontrar um inimigo e uma moeda porque pode dar jeito.
A Catarina partiu, depois de atravessar duas montanhas, três bosques e um deserto. Chegou a uma aldeia em que todos os dias às três horas, era atacada por um dragão. Então a Catarina tirou do saco a flecha e o arco e disparou para a barriga do dragão:
- Ai!!!Ai!!! Isso dói !
- A tua dor é pequena porque a flecha é pequena, se voltares a ameaçar os meus amigos eu volto com uma maior.
E o dragão fugiu a sete pés, Catarina meteu pés ao caminho e depois de atravessar um deserto, duas montanhas e três bosques chegou a uma aldeia que sofria ataques de aves más. A Catarina subiu a montanha onde elas moravam e ao ver que eles eram tão feios lembrou-se do espelho que a avó lhe dera. Tirou-o do saco, dirigiu-se ao chefe que era o mais feio, mostrou-lhe o espelho e fugiram logo.
Então sentiu-se triste, lembrou-se dos caramelos da avó e tirou um, mas um não chegou, então tirou o segundo e o terceiro. Depois pôs os pés ao caminho mais contente.
Chegou a uma aldeia, ia comprar um biscoito mas não havia nada. Na verdade havia uma padeira mas não havia farinha. Haver havia só que um bruxo lançou um feitiço e ninguém conseguia abrir os sacos.
- Pois vocês não, mas eu sim, com os meus dedos pequeninos…
Deu comida à aldeia inteira. É claro que o padeiro fez um grande biscoito para ela, que logo retribuiu com a sua moeda de ouro. Depois voltou ao castelo da avó.
A avó, da janela, dizia:
- Ir para a guerra toda a gente vai mas ser pequena e ao mesmo tempo grande não é fácil.
fim
Escrito por Carmo Costa
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